quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Carinho- Essa é para meus amigos queridos ;)

Havia uma aldeia pequena onde o dinheiro não entrava.Tudo o que as pessoas compravam, tudo o que era cultivado e produzido por cada
um, era trocado.
A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era a Amizade.
Quem nada produzia, quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos, ou utensílio, dava seu CARINHO.
O CARINHO era simbolizado por um floquinho de algodão.
Muitas vezes, era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca. As pessoas davam seu CARINHO pois sabiam que receberiam outros num outro momento ou outro dia.

Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia, convenceu um pequeno garoto a não mais dar seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que quisesse.
Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar CARINHOS e em pouquíssimo tempo sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular dentro dela.
Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem floquinhos, as pessoas
começaram a guardar o pouco CARINHO que tinham e toda a HARMONIA da cidade desapareceu. Surgiram a GANANCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro ROUBO, o ODIO, a DISCORDIA, as pessoas se XINGARAM pela primeira vez e passaram a IGNORAR-SE pelas ruas.

Como era o mais querido da cidade, o garoto foi a primeiro a sentir-se TRISTE
e SOZINHO, o que o fez o menino procurou a velha para perguntar-lhe e dizer-lhe
se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia.
Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão. Pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu CARINHO.
A todos que dava CARINHO, apenas dizia: Obrigado por receber meu carinho.
Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu até o último CARINHO sem receber um só de volta.
Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente, alguém caminhou até ele e lhe deu CARINHO. Um outro fez o mesmo...Mais outro...e outro...até que definitivamente a aldeia voltou ao normal.

MORAL DA ESTORIA: Nunca devemos fazer as coisas pensando em receber em troca.
Mas devemos fazer sempre. Lembrar que um amigo existe é muito importante.
Muito mais importante do que cobrar dos outros que se lembrem de você, pois assim, você estará querendo acumular amizades sem fazer o seu papel de amigo.
Receber CARINHO é muito bom. E o simples gesto de lembrar que um amigo existe é a forma mais simples de fazê-lo.
Deixo aqui meu floquinho para vocês!!!Obrigada por recebê-lo!!!!

sábado, 19 de dezembro de 2009

BORDADOS DA VIDA

Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito.Eu me sentava no chão, olhava e perguntava o que ela estava fazendo.

Respondia que estava bordando.
Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta.
Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia:
"Mãe, o que a senhora está fazendo?
" Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos.
Eu não entendia nada.
Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:
"Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo
você e o coloco sentado em meu colo. Deixarei que veja o trabalho da minha posição
."
Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo:
"Por que ela usava alguns fios de cores escuras e outros claros?"
"Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados?"
"Por que estavam cheios de pontas e nós?"
"Por que não tinham ainda uma forma definida?"
"Por que demorava tanto para fazer aquilo?"
Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:
"Filho, venha aqui e sente em meu colo.
Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado.
Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso! E de cima vi uma paisagem ma
ravilhosa!
Então minha mãe me disse:
"Filho, de baixo, parecia confuso e desordenado porque você não via que na
parte de cima havia um belo desenho.
Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo."
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:
"Pai, o que estás fazendo?"
Ele parece responder:

"Estou bordando a sua vida, filho."
E eu continuo perguntando:
"Mas está tudo tão confuso... Pai, tudo em desordem. Há muitos nós, fatos
ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros.
Por que não são mais brilhantes?"
O Pai parece me dizer:
"Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim...
Eu farei o meu trabalho.
Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição."
Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas.
As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo.
É que estamos vendo o avesso da vida.
Do outro lado, Deus está bordando...

Que Deus faça de suas vidas um "lindo bordado"!

(Desconheço o Autor)

A História de um Soldade ...

Esta história é sobre um soldado que finalmente estava voltando para casa depois de ter lutado no Vietnã. Ele ligou para seus pais em São Francisco e disse: Mãe, pai, eu estou voltando para casa, mas eu tenho um favor a pedir: gostaria de levar um amigo comigo.

- Claro! Nós adoraremos conhecê-lo!!!

- Há algo que vocês precisam saber. Ele foi terrivelmente ferido na luta, pisou em uma mina e perdeu um braço e uma perna. Ele não tem nenhum lugar para ir, eu quero que ele vá morar conosco.

- Eu sinto muito em ouvir isso filho, nós talvez possamos ajudá-lo a encontrar um lugar para ele morar.

- Não, mamãe e papai, eu quero que ele more conosco.

- Filho, você não sabe o que está pedindo! Alguém com tanta dificuldade não seria bom para nós. Nós temos nossas próprias vidas e não podemos deixar que uma coisa assim interfira em nosso modo de viver. Acho que você deveria voltar para casa e esquecer este rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo.

Neste momento o filho desligou o telefone. Os pais não ouviram mais nenhuma palavra dele. Alguns dias depois, no entanto, eles receberam um telefonema da polícia. O filho deles havia morrido depois de ter caído de um prédio. A polícia acreditava em suicídio. Os pais, angustiados, voaram para o local e foram levados para o necrotério a fim de identificar o corpo do filho. Eles o reconheceram, mas para o horror deles, descobriram que o filho tinha apenas um braço e uma perna.

Os pais, nesta história, são como muitos de nós. Achamos fácil amar aqueles que são bonitos ou divertidos. Mas, não gostamos das pessoas que nos incomodam ou nos fazem sentir desconfortáveis. Ficamos longe destas pessoas e de outras que não são saudáveis, bonitas ou espertas. Precisamos aceitar as pessoas como elas são e ajudar a todos a compreender aquelas que são diferentes de nós.

Há um milagre chamado AMIZADE, que mora em nosso coração. Você não sabe como ele acontece ou quando surge. Mas, você sabe que este sentimento especial aflora e percebe que a AMIZADE é um dos presentes mais preciosos de Deus.

Amigos são como jóias raras. Eles nos fazem sorrir e nos encorajam para o sucesso. Eles nos emprestam um ouvido, compartilham uma palavra de incentivo e estão sempre com o coração aberto.

Autor desconhecido

Para refletir:


"Para ter algo que nunca teve, é preciso fazer algo que nunca fez.'

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cris Mensagens


Cestas, Telegrama falado, Carro de Som.

3223-6985/ 8846-0006

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Tradução da linda música: Never Gonna Break My Faith


Meu Senhor,
Eu já li este livro tantas vezes, Mas não consigo encontrar em nenhum lugar
A página que narra
A experiência do dia
É a graça. Agora eu sei que a vida não pode ser fácil.
Foi assim que aprendi a agradecer a Deus.
Mesmo que a minha coragem seja posta à prova.
Posso dizer, não me esconderei.
Pois as pegadas mostram que o Senhor está a meu lado.

Pode mentir para uma criança com um sorriso no rosto, Diga que a cor nada tem a ver com a raça.
Pode atirar a primeira pedra.
Pode quebrar meus ossos.
Mas você nunca destruirá.
Nunca destruirá minha fé.

A esperança não é sua para que possa dar.
A verdade e a liberdade são minhas para serem vividas.
Roube a coroa de um rei.
Quebre as asas de um anjo.

Mas você nunca destruirá.
Nunca destruirá a minha fé.

Senhor...
Ajude-os, ajude-os
Ajude-os a entender
Que tirar a vida de um homem inocente
Não é sinônimo de vitória.
Pois este ato na verdade
Libertou a alma que foi para onde deveria ir.
Pode mentir para uma criança com um sorriso no rosto.
Diga que a cor nada tem a ver com a raça.
Pode atirar a primeira pedra.
Pode quebrar meus ossos.
Mas você nunca destruirá.
Nunca destruirá minha fé.

A esperança não é sua para que possa dar.
A verdade e a liberdade são minhas para serem vividas.
Roube a coroa de um rei.
Quebre as asas de um anjo.

- Mas você nunca destruirá
- Nunca destruirá minha fé.

Para aquele que perdemos antes da hora.
Eu rezo para que suas almas encontrem a luz
Eu sei que chegará o dia.
Quando a sua vontade será feita.

A sua vontade será...
Você nunca destruirá a minha fé.

Sua vontade, Sua vontade.
Sua vontade, Sua vontade.

Nunca destruirá a minha fé.
Você nunca destruirá a minha fé, jamais.
Continuarei firme.
Continuarei firme.
(Aretha Franklin, Mary J. Blige,)

P.s faz parte da trilha sonora do filme: Bobby

Adversidades



Ela era uma garota que vivia a se queixar da vida. Tudo lhe parecia difícil e se dizia cansada de lutar e combater.
Seu pai, que era um excelente cozinheiro, a convidou, certo dia, para uma experiência na cozinha.
Tomou três panelas, encheu-as com água e colocou cenouras em uma, ovos em outra e pó de café na terceira.

Deixou que tudo fervesse, sem nada dizer. A moça suspirou longamente, imaginando o que é que seu pai estava fazendo com toda aquela encenação.

Depois de tudo fervido, o pai colocou as cenouras e os ovos em uma tigela e o café em outra.

O que você está vendo?, perguntou.

Cenouras, ovos e café, respondeu ela.

Ele a trouxe mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela notou como as cenouras estavam macias.
Tomando um dos ovos, quebrou a casca e percebeu que estava duro. Provando um gole de café, a garota sentiu o sabor delicioso. Voltou-se para o pai, sorriu e indagou: O que significa tudo isto, papai?
É simples, minha filha. As cenouras, os ovos e o café ao enfrentarem a mesma adversidade, a água fervendo, reagiram de formas diferentes.
A cenoura entrou na água firme e inflexível. Ao ser submetida à fervura, amoleceu e se tornou frágil. O ovo era frágil. A casca fina protegia o líquido interior. Com a água fervendo, se tornou duro. O pó de café, por sua vez, é incomparável. Colocado na água fervente, ele mudou a água.
Voltando-se para a filha, perguntou o homem experiente:
Como é você, minha filha? Quando a adversidade bate à sua porta, você reage como a cenoura, o ovo ou o café?
Você é uma pessoa forte e decidida que, com a dor e as dificuldades se torna frágil, vulnerável, sem forças? Ou você é como o ovo? Delicada, maleável, casca fina, que, com facilidade se rompe. Ao receber as notícias do desemprego, de uma falência, da morte de um ser querido, do divórcio, se torna dura, inflexível?
Quanto mais sofre, mais obstinada fica, mais amarga se torna, encerrada em si mesma? Ou você é como o café, que muda a água fervente, motivo da dor, para conseguir o máximo de seu sabor, a cem graus centígrados?
Quanto mais quente a água mais gostoso se torna o café, deliciando as pessoas com o seu aroma e sabor.
Se você é como o pó de café, quando as coisas vão ficando piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores.
A dor, em você, tem o condão de a tornar mais doce, gentil, com mais capacidade de entender a dor alheia.

Afinal de contas, minha filha, como é que você enfrenta a adversidade?
(Autor desconhecido)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Amigo, um ensaio


Difícil querer definir amigo.

Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.

Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas. É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu. É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o alimenta, satisfaz. É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você. É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.

É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia
pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir". É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas. É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso.

Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas. É quem tem medo, dor, náusea, cólica gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar. É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.

Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas. É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos.

Amigo é multimídia. Olhos....

Amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo. É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior. é lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.



Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação:
Amigo é quem te ama "e ponto".
É verdade e razão, sonho e sentimento.
Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.
Marcelo Batalha -20/10/96

domingo, 29 de novembro de 2009

A FORÇA DAS PALAVRAS


Palavras assustam mais do que fatos: às vezes é assim.
Descobri isso quando as pessoas discutiam e lançavam as palavras como dardos sobre a mesa de jantar. Nessa época, meus olhos mal alcançavam o tampo da mesa e o mundo dos adultos me parecia fascinante. O meu era demais limitado por horários que tinham de ser obedecidos (por que criança tinha de dormir tão cedo?), regras chatas (por que não correr descalça na chuva, por que não botar os pés em cima do sofá, por quê, por quê, por quê...?), e a escola era um fardo (seria tão mais divertido ficar lendo debaixo das árvores no jardim de casa...).
Mas, em compensação, na escola também se brincava com palavras: lá, como em casa, havia livros, e neles as palavras eram caramelos saborosos ou pedrinhas coloridas que a gente colecionava, olhava contra a luz, revirava no céu da boca... E às vezes cuspia na cara de alguém de propósito, para machucar.
Depois houve um tempo (hoje não mais?) em que palavras eram cortadas por reticências na tela do cinema, enquanto sobre elas se representavam cenas que, como se dizia no tempo dos pudores, fariam corar um frade de pedra.
Palavras ofendem mais do que a realidade - sempre achei isso muito divertido. Palavras servem para criar mal-entendidos que magoam durante anos:
- Você aquela vez disse que eu...
- De jeito nenhum, eu jamais imaginei, nem de longe, dizer uma coisa dessas...
- Mas você disse...
- Nunca! Tenho certeza absoluta!
Vivemos nesses enganos, nesses desencontros, nesse desperdício de felicidade e afeto. No sofrimento desnecessário, quando silenciamos em algum lugar de esclarecer. "Agora não quero falar nisso", dizemos. Mas a gente devia falar exatamente disso que nos assusta e nos afasta do outro. O silêncio, quando devíamos falar, ou a palavra errada, quando devíamos ter ficado quietos: instauram-se, assim, o drama da convivência e a dificuldade do amor.
Sou dos que optam pela palavra sempre que é possível. Mas, em geral é melhor do que o silêncio crispado e as palavras varridas para baixo do tapete.
Não falo do silêncio bom em que se compartilham ternura e entendimento. Falo do mal de um silêncio ressentido em que se acumulam incompreensão e amargura - o vazio cresce e a mágoa distancia na mesma sala, na mesma cama, na mesma vida. Em parte porque nada foi dito, quando tudo precisaria ser falado, talvez até para que a gente pudesse se afastar com amizade e respeito quando ainda era tempo.
Falar é também a essência da terapia: pronunciando o nome das coisas que nos feriram, ou das que nos assustam mais, de alguma forma adquirimos sobre elas um mínimo controle. O fantasma passa a ter nome e rosto, e começamos a lidar com ele. Há estudos interessantíssimos sobre os nomes atribuídos ao diabo, a enfermidades consideradas incuráveis ou altamente contagiosas: muitas vezes, em lugar das palavras exatas, usamos eufemismos para que o mal a que elas se referem não nos atinja. A palavra faz parte da nossa essência: com ela, nos acercamos do outro, nos entregamos ou nos negamos, apaziguamos, ferimos e matamos. Com a palavra, seduzimos num texto; com a palavra, liquidamos - negócios, amores. Uma palavra confere o nome ao filho que nasce e ao navio que transportará vidas ou armas.
"Vá", "Venha", "Fique", "Eu vou", "Eu não sei", "Eu quero, mas não posso", "Eu não sou capaz", "Sim, eu mereço" - dessa forma, marcamos as nossas escolhas, a derrota diante do nosso medo ou a vitória sobre o nosso susto. Viemos ao mundo para dar nomes às coisas: dessa forma nos tornamos senhores delas ou servos de quem as batizar antes de nós.
Texto da escritora Lya Luft, publicado na seção Ponto de Vista, em 14 de julho de 2004 na revista Veja.

Canção das mulheres


Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Lya Luft

hauahuah




sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Marketing e Design: Casamento pós-moderno

Vejo o design e o marketing como criaturas concebidas uma para a outra,almas complementares que nunca deveriam se separar. O marketing atrai, o design conquista. Casal pós-moderno, cada qual tem a sua vida para cuidar, disciplinas próprias, áreas de conhecimento específicas e até, talvez, casas separadas. E quando esses dois se juntam, resistir, quem há de? Eles podem tudo, e quando estão para o crime, são um perigo!

Vejamos: o marketing é a arte de seduzir para casar. Ele pesquisa o mercado, a concorrência, define o quanto está disposto a se empenhar (cronograma e orçamento), descobre as preferências e sonhos do alvo em questão, capta as necessidades e insatisfações da alma que pretende aliciar, estuda o ambiente, as tendências, os riscos envolvidos. Junta tudo isso e bola estratégias matadoras das quais não se pode escapar. E, claro, se preocupa em continuar encantando para manter a fidelidade da vítima (por isso é que o marketing é para casar; propaganda pura é apenas galinhagem).

Já o design é a materialização de soluções em escala. É que o método projetual do design considera a ergonomia, a teoria das cores, a semiótica, as percepções, enfim, usa tudo o que estiver disponível para encontrar o melhor jeito de fazer o usuário feliz, seja um website, um
objeto, um ambiente ou um impresso. Como fruto da revolução industrial, o design se sustenta sobre um tripé: um bom projeto, que possibilite a produção em escala; um conceito que explique porque o objeto é feito dessa maneira e não de infinitas outras possíveis, com suas funções e porquês; e a preocupação estética (senão não vende).

O design ajuda a seduzir e a manter, pois é ele quem vai conceber coisas fáceis de usar e de entender, pensar em embalagens atraentes, projetar formas eficientes de transportar e distribuir, preocupar-se em como será o descarte na natureza, colocar em prática as intenções e estratégias que o marketing definiu. Enfim, é o design quem vai interagir com o cliente,
pele a pele, na maior intimidade.

O marketing define as sensações que quer provocar, as relações que quer manter, os sentimentos que quer despertar. Mas quem vai materializar tudo isso é o design.

Assim, não me conformo com o fato dos cursos de marketing não falarem nada sobre a gestão do design como estratégia, não apresentarem nem mesmo os conceitos fundamentais mais básicos. Onde esse povo vai trabalhar? Na Lua?

E também não tem explicação o fato de que boa parte das escolas de design não oferecerem disciplinas próprias do marketing. O que acontece é que o próprio designer mal sabe conquistar os seus clientes, mesmo tendo todas as armas.

É fácil saber quando os dois andam juntos: é quando os produtos e empresas são líderes de mercado, ícones, objetos de verdadeiros cultos.
Apple, Natura, 3M, Starbucks… ah, como o amor é lindo!

Artigo publicado na Newsletter MarketingProfs em 07/02/07

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Frases de Design

Bom design é bom negócio” Thomas Watson, Jr. Fundador da IBM

Designers comunicam apenas 3 coisas: mensagens sobre valor, mensagens de valor e mensagens sem valor” Rick Vialicenti

Bom design é uma forma de respeito – da parte de quem produz para a pessoa que irá eventualmente gastar seu suado dinheirinho no produto, usar o produto, possuir o produto” Davis Beown

Branding: persuadir os de fora a comprar e persuadir os de dentro a acreditar” Wally Olins

Design é desejo disfarçado de função” Terence Hiley, Curador do MoMA

Sim, como forma de determinar e influenciar ações de pessoas, fazer design é um ato político” Rudy Vanderlans

Toda noite eu rezo para que os clientes com bom gosto ganhem dinheiro e para os clientes que têm dinheiro ganhem bom gosto” Bill Gardner

Deus salve nossos arquivos!” Rastko Ciric

O orçamento determina o veículo da idéia, não o alcance da idéia propriamente dita” Thomas Vasquez

Qualidade, custo, turnover alto — escolha quaisquer dois” Rob Wallace

Ser um designer famoso é como ser um dentista famoso” Noreen Morioka

Quando estou trabalhando num problema, nunca penso em beleza. Eu penso somente em resolver o problema. Mas quando eu termino, se a solução não é linda, eu acho que está errada” Richard Buckminster Fuller

O bom não é uma categoria que me interesse” Rem Koolhaas

A evolução da forma começa com a percepção da falha” Henry Petrosk

Acidentes somente produzem as melhores soluções se você consegue reconhecer a diferença entre um acidente e uma intenção” Jennifer Morla

Fazer um bom design é fácil. Mas fazer um grande design requer um grande cliente” Michael Osborne.

Um observador inexperiente vê tudo numa figura. Mas um observador experiente, vê apenas as coisas que estão faltando” Rastko Ciric

Bom o suficiente é bom o suficiente se os seus padrões são altos o suficiente” Steve Frykholm

Não existem clientes ruins; apenas designers ruins” Bob Gill

Confusão e bagunça são falhas do design, não atributos da informação” Edward Tufte

Uma grande marca é criada por um designer, mas feita por uma corporação” Paul Rand

Eu digo para mim mesmo todos os dias: Deus mora nos detalhes” Matt Collins

O símbolo é a linguagem no nível molecular” Marty Neumeier

Uma pessoa criativa precisa ser uma sabe-tudo. Ela precisa aprender sobre todos os tipos de coisas: história antiga, matemática do século XIX, técnicas atuais de manufatura, arranjos florais e criação de porcos. Porque ela nunca sabe quando essas idéias podem vir juntas na forma de uma nova idéia. Isso pode acontecer seis minutos mais tarde, seis meses ou seis anos depois. Mas ela tem fé que isso irá acontecer” Carl Ally

Nós todos somos naturalmente curiosos aos oito anos de idade. Mas a maioria das pessoas, quando ficam mais velhas, ficam menos e menos curiosas, então, pedem a outras pessoas para serem curiosas no lugar delas. É disso que eu vivo” Ron Miriello

Menos é mais quando mais não é bom” Frank Lloyd Wright

Resolver o problema é mais importante que estar certo” Milton Glaser

Nós valorizamos o que nós entendemos” Kevin Walker

Frases do “401 design meditations”

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um siri vai lhe trazer alegria


Sempre que o mundo desabava sobre minha cabeça, eu ia andar pela praia, próxima de onde morava.
Um dia encontrei uma bela garotinha de olhos tão azuis quanto o mar, construindo um castelo de areia ou algo parecido.
Oi, disse ela.
Eu respondi com um aceno de cabeça, não estava com humor para me aborrecer com uma criança.
Você quer me ajudar a construir meu castelo?
Hoje não. Falei pouco atencioso.
Eu gosto de sentir a areia em meus dedos do pé, ela falou sorridente.
Que boa idéia, pensei, e tirei meus sapatos. Um siri deslizou próximo.
Isto é um "alegria", falou a criança.
É um o quê?, perguntei.
Isto é um "alegria", livre pela praia.
Adeus "alegria", olá dor, murmurei comigo mesmo e continuei a caminhar.
Eu estava deprimido, mas a menina não desistia e perguntou: qual é o seu nome?
Eu sou Robert Peterson, respondi..
O meu é Wendy... Eu tenho seis anos.
Oi, Wendy.
Apesar de minha melancolia fui obrigado a rir e continuei caminhando.
Sua risadinha musical me seguiu.
Venha novamente, Sr. P., disse ela, animada.
Nós teremos outro dia feliz.
Meus dias foram atribulados e somente semanas depois é que voltei à praia.
A brisa era fria, mas eu andava a passos largos, tentando readquirir serenidade.
Tinha até me esquecido da criança, quando ela apareceu.

Oi, Sr. P., você quer brincar?
Não sei, que tal charadas? Perguntei sarcasticamente.
Eu não sei o que é isto, falou a menina.
Então me deixe continuar a caminhada.
Onde você mora? Perguntei-lhe.
Ali. Ela respondeu apontando na direção de uma fila de cabanas de verão.
Como você vai para a escola?
Eu não vou à escola. A mamãe disse que nós estamos de férias.
Ela tagarelou e quando eu ia voltar para casa, Wendy disse que tinha sido outro dia feliz. E havia sido mesmo.

Três semanas mais tarde, eu andava apressado pela praia, quase em pânico, quando a garota me alcançou.
Olhe, se você não se importa, hoje eu quero andar sozinho.
Ela me pareceu pálida e sem fôlego.
Por que?, ela perguntou.
Porque minha mãe morreu! Gritei.
Oh, então este é um dia ruim, falou a menina com ar de tristeza.
Sim, eu disse, e ontem e anteontem também. Vá embora!

Um mês depois disto, fui andar novamente na praia, mas ela não estava lá.
Sentindo-me culpado e admitindo para mim mesmo que sentia falta dela, subi até à cabana, e bati na porta.
Uma mulher jovem atendeu.
Olá, eu sou Robert Peterson.
Senti a falta de sua pequena menina e gostaria de saber se ela está bem.
Oh, sim, Sr. Peterson, entre, por favor.
Wendy falou muito do Senhor.
Eu tinha receio que ela estivesse lhe aborrecendo.
Se ela foi um incômodo, por favor, aceite minhas desculpas.
Não, sua filha é uma criança muito amável. Onde está ela?
Wendy morreu na semana passada, Sr. Peterson. Ela tinha leucemia. Talvez não tenha lhe contado...

A notícia me deixou cego e mudo, por alguns instantes...
E a mãe continuou: ela adorava esta praia e parecia um tanto melhor aqui. Aqui teve muito do que ela chamava de "dias felizes".
Mas nos últimos dias, ela piorou rapidamente...
Minha filha deixou algo para o Senhor.
Entregou-me um envelope, com Sr. "P." escrito em grandes letras infantis.
Dentro havia um desenho uma praia amarela, um mar azul, e um siri marrom. Embaixo estava escrito: "Um siri vai lhe trazer alegria."
Lágrimas rolaram de meus olhos, e um coração que quase esqueceu de amar abriu-se largamente.
Tomei a mãe de Wendy em meus braços e murmurei repetidas vezes: eu sinto muito, sinto muito!
O pequeno e precioso desenho está agora emoldurado e pendurado em meu escritório.

Seis palavras uma para cada ano de sua vida me falam de harmonia, coragem, amor e desinteresse.

História traduzida por Sérgio Barros, de autoria ignorada

Rápida passagem


Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egito. Seu objetivo era visitar um famoso rabino. O turista ficou surpreso ao ver que o rabino morava num quarto simples, cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma mesa e um banco.
Onde estão os seus móveis? Perguntou o turista.
E o rabino, bem depressa, perguntou também:Onde estão os seus?
Os meus? Disse o turista. Mas eu estou aqui de passagem.
Eu também. Falou o rabino.
A vida na Terra é somente uma passagem. No entanto, vivemos como se fôssemos ficar aqui eternamente.
A grande preocupação é amontoar coisas. São casas na cidade, na praia, no campo, no exterior.
Vários carros de cores, marcas e potências diferentes, para ocasiões diversas. Inúmeras roupas, dezenas de calçados, prédios, terrenos, jóias. Quanto mais se possui, mais se deseja.
Justo que o homem anseie pela casa confortável, vestimenta adequada à estação, boa alimentação.
Tudo isto faz parte da vida material. São coisas necessárias para nos manter e podermos gozar de relativa segurança.
Entretanto, por que ajuntar tantas coisas, utilizando um tempo enorme em trabalho constante, sem nos preocuparmos com a vida do espírito?
De um modo geral, afirmamos que não temos tempo para orar, para ler e estudar a respeito do mundo espiritual, do porque nascemos e vivemos.
Nossa preocupação é exclusivamente no campo profissional, para ter sucesso, ganhar sempre mais.

Esta maneira de pensar é tão forte em nós que, ao auxiliarmos nossos filhos a se decidirem por esta ou aquela profissão, costumeiramente sugerimos que eles escolham a mais rendosa. Aquela profissão que, num tempo muito curto, trará excelente retorno.

Tudo muito correto! Mas, e quanto ao espírito? Quando teremos tempo para lhes falar de Deus, da alma, de Jesus, da lei de amor?


Vivamos bem mas, de forma sábia, também cultivemos as coisas do espírito, preparando a nossa vida para além da tumba.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Nunca se Abandone!!!


Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão nesse mundo para satisfazer nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer às delas. Temos que nos bastar. Nos bastar sempre e, quando procurarmos estar com alguém, fazer isso cientes de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam. Elas se completam não por serem metades, mas por serem pessoas inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Nunca se abandone!!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O Homem e a Mulher


"O homem é a mais elevada das criaturas. A mulher é o mais sublime dos ideais. Deus fez para o homem um trono; Para a mulher um altar. O trono exalta; o altar santifica. O homem é o cérebro; a mulher o coração, o amor. A luz fecunda; o amor ressuscita. O homem é o gênio; a mulher o anjo. O gênio é imensurável; o anjo indefinível. A aspiração do homem é a suprema glória; A aspiração da mulher, a virtude extrema. A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher a preferência.
A supremacia representa força. A preferência representa o direito. O homem é forte pela razão; a mulher invencível pelas lágrimas. A razão convence; a lágrima comove.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher de todos os martírios. O heroísmo enobrece; os martírios sublima. O homem é o código; a mulher o evangelho. O código
corrige; o evangelho aperfeiçoa. O homem é o templo; a mulher, um sacrário. Ante o templo, nos descobrimos; Ante o sacrário ajoelhamo-nos. O homem pensa; a mulher sonha. Pensar é ter cérebro; Sonhar é ter na fronte uma auréola. O homem é um oceano; a mulher um lago. O oceano tem a pérola que embeleza; O lago tem a poesia que deslumbra. O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta.

Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
O homem tem um fanal; a consciência; A mulher tem uma estrela: a esperança. O fanal guia, a esperança salva. Enfim... O homem está colocado onde termina a terra; A mulher onde começa o céu...

Vitor Hugo